A ilha dos sentimentos

06/07/2011



Era uma vez, numa ilha distante...
Lá viviam todos os sentimentos e valores que haviam sido atribuídos ao Homem:
- O Bom Humor, a Tristeza, a Sabedoria... enfim, todos, inclusive o Amor.

Um dia o senhor da ilha apareceu de surpresa, e, na sua voz trovejante, anunciou:
- Os homens não têm sabido fazer uso correcto de todos os atributos que lhes concedi. Estou farto desta ilha e de tudo o que nela existe! Vou fazê-la desaparecer. Preparem-se! Amanhã tudo isto irá pelos ares!

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Todos começaram a preparar os seus barcos para partir quanto antes, e em breve estavam a afastar-se, ficando ao largo da ilha. No fundo tinham pena de a abandonar...
Somente o Amor, tendo a seu lado a Esperança, ficou aguardando até ao último momento, esperançado em que o senhor da ilha mudasse de ideias. Mas também a Esperança desesperou da espera e abandou o Amor.

Quando se apercebeu de que a ilha iria mesmo ser afundada o Amor decidiu pedir ajuda. Avistou, a pouca distância, num barco luxuosíssimo, a Riqueza. Dirigiu-se-lhe;
- Riqueza. Podes levar-me contigo?
- Não posso porque tenho muito ouro e prata dentro do barco e não há lugar para ti.
Resignado, o Amor olhou em volta e avistou o Orgulho. Fez-lhe o mesmo pedido:
- Orgulho, imploro-te, leva-me contigo...
- Não posso levar-te, Amor – respondeu o Orgulho. Aqui tudo é perfeito, e tu poderias arruinar o meu barco.
Então, já quase em desespero, o Amor viu a Tristeza aproximar-xe e resolveu pedir-lhe auxílio:
- Tristeza, peço-te, deixa-me ir contigo.
- Oh! Amor – respondeu ela – estou tão triste que não suporto qualquer coompanhia. Preciso muito de estar sozinha.
A seguir foi a vez de passar o Bom Humor; mas estava tão contente que o Amor nem se atreveu a dirigir-se-lhe, pois calculava, de antemão, que iria receber uma recusa. De resto, o mais certo seria nem o ouvir, tal o ruído que fazia...

De repente, o Amor ouviu uma voz que o chamava:
- Vem, Amor, eu levo-te comigo.
Era um velho quem o estava chamando.

O Amor ficou tão contente que imediatamente respondeu ao chamamneto. E, no meio de tanta alegria, esqueceu-se de perguntar o nome do velho.

Quando chegaram, e depois de depositar o Amor em terra firme, o velho foi-se embora.
Reparando, então, no seu esquecimento, e apercebendo-se de quanto lhe devia, o Amor avistou muito perto de si o Saber. E perguntou-lhe:
- Saber, podes dizer-me quam me ajudou? No meio de toda a minha alegria esqueci-me de lhe perguntar o nome...
- Foi o Tempo – respondeu o Saber.

-O Tempo? – interrogou-se o Amor. Porque será que o Tempo me ajudou?

Cheio de sabedoria, o Saber respondeu:
- Porque só o tempo é capaz de compreender o quanto o Amor é importante na vida, e por isso nunca pode ser abandonado.

Composto por Mariazita, inspirado num conto muito antigo.
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1 comentários:

Regina Mendes disse...

Boa noite!

"Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens."
(Salmo 107:31)

Que o Senhor lhe cubra de bênçãos e lhe conceda uma semana de paz!

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